do blog minhavidacomigo
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Na sala de espera da fisioterapia, entra um amigo meu com a revista Visão na mão. Dá uma olhada e diz-me: "Fui ver este filme. Muito interessante. Fala de um casal... Gostei muito."
Gosto de ouvir opiniões porque me levam à sala de cinema. E fiquei curiosa...Está por cá e tenciono vê-lo.
Mais aqui.
Anda aqui uma mulher a evitar passar pelas casas da especialidade das tentadoras natas cá do burgo (como aconteceu hoje quando regressava a casa) entra no Sapo e dá de caras com esta provocação.
Vão queridas natas! Viajai por esse mundo, tentai as gulas de fora, como deliciais as gulas, cá dentro.
Hummmm, comia-vos agora mesmo, suas tentadoras!
Fui ao cemitério limpar a urna dos meus familiares (não é só em vésperas de finados que o faço) fui comprar círios e flores, pedi um balde emprestado (consegui fazer tudo com a mão esquerda) e no momento que estava a fazer o pagamento, a florista (cerca de 62 anos) levanta a voz "porque a senhora quer estes fetos, mas estes não lhos dou porque são caros, dou-lhe dos outros".
Viro-me para trás e vejo uma senhora idosa, forte, vestida de preto que,com ar arrogante, reclamava o quê?
Segundo a florista me contou, a filha da idosa andara por todas as bancadas à procura de umas flores (não conheço, nem sei o nome) de cor verde, lindas, por sinal, mas muitos caras. Como nesta bancada encontrou as mais bonitas e arranjadas, comprou-as.
A idosa achava que a florista devia oferecer-lhe os fetos "x" e que ela era cliente, e que a florista tinha obrigação de lhe oferecer o que ela queria.
A florista dizia-lhe que não lhe dava esses, mas outros mais baratos, porque também tinha de pagar ao fornecedor e a vida dela não é fácil, por isso, dava-lhe os outros.
A senhora não tem mais nada: tira o dinheiro, paga as flores ao mesmo tempo que diz para a florista: "A senhora é uma ladra!"
Palavra que esta disse, e espanto meu que nem queria acreditar no que ouvira: "Ladra, eu? A filha da senhora andou aqui e acolá a ver as flores, veio à minha banca porque disse que as minhas eram as mais bonitos e chama-me ladra só porque não lhe ofereço os fetos mais caros? Se a senhora quer os fetos leva os que lhe ofereço, ou então não lhe dou nada!"
E a idosa continuava a reclamar e volta à carga: "a senhora é sim, uma ladra".
A filha da idosa aproxima-se, conversa com a mãe, baixinho, vira-se para a florista e diz "então a senhora não dá os fetos à minha mãe?"
A florista contou o que acontecera e que a mãe a insultara de ladra. E a filha em defesa da mãe, responde: "a senhora é uma ladra, sim!"
E foi então que a filha da florista, que fazia os ramos e mantivera-se calada, reagiu também. Vai em defesa da mãe e atiram-se às outras duas...
E eu nem queria acreditar no que ouvia e via.
Tentei acalmar os ânimos, disse à florista para não lhe responder, não se sabe o que estas pessoas podem fazer, "deixe lá", dizia eu, ao mesmo tempo que a filha desta dizia aos berros,e para arrumar com a discussão: "Mãe, esquece. Acaba com a conversa. Deixa-as ir. Cliente destas não queremos aqui. Mãe, pára de barafustar"
E a florista reclamava "Olhe que isto é um caso de políca. Chamar-me ladra! A senhora não entende que não posso dar-lhe o que quer? Ladra, eu?"
E a idosa, de bengala, e ajudada pela filha, vão para o carro. Entretanto, dois homens também de idade avançada,sentados num banco em frente à bancada, levantam-se, acompanham a senhora e a filha, entram no carro e vão embora.
Os dois homens assistiram a tudo e não intervieram. Provavelmente, já conhecem as peças (coisas minhas).
No final, comentei com a florista: "Há idosos que pensam que porque são mais velhos têm direito a benesses e abusam dos mais novos. Neste caso, não teve respeito por si. Não se incomode, está um dia bonito, esqueça o assunto".
E fui à minha vida. Quando regressei para lhes entregar o balde, elas estavam mais calmas.
É um facto que constato: os idosos merecem todo o respeito, mas muitos não têm o direito de fazerem o que lhes apetece, só porque são idosos.
Não podia deixar passar esta lindíssima frase e imagem em homenagem do 100º aniversário do nascimento do grande homem que foi Jonas Salk e o seu trabalho na pesquisa desta vacina que seria a cura de milhares de crianças
o Braga ganhou em casa ao Benfica, yeah!
Ouvindo os "gooooooooolo" dos miúdos do andar de cima,só podiam ser do Braga.
Ó Jesus, oh, lamento!
À excepção de sexta-feira, que fui ao Porto, a semana foi muito bem aproveitada para caminhar todas as manhãs, cerca de 6/7 km.
Como ainda não posso ir ao ginásio, comecei a fisioterapia à mão há quatro dias, tenho tido algumas dores no pulso, o médico acha muito cedo, ainda, para regressar ao ginásio.
Quase dois meses sem actividade física é muito e sinto que o meu corpo pede exercício.
Então hoje, fui caminhando, caminhando, a temperatura era a ideal para caminhar, dei por mim na direcção do Bom Jesus.
Muitos casais, famílias, mulheres, homens subiam e/ou desciam a rodovia.
Cheguei aos escadórios e pensei em voltar para trás. Desisti. E subi com ideia de descer de elevador.
A fachada da igreja está de rosto lavado, entrei no santuário, como sempre faço.
Desci no elevador.Um autocarro estava a chegar ao parque junto à entrada dos escadórios mas fiz o regresso a casa, a pé.
Antes, fui tomar um óptimo café Buondi num quiosque que fica junto ao célebre restaurante "Pórtico" (que bem se come por lá).
A meio da descida, antes de atravessar para o outro lado da via, com mais sombra, um restaurante chamou-me a atenção para um pequeno placard com a ementa, fechado por uma portita em vidro, que de tanto se refastelar ao prazer do sol, mal se distiguiam os muitos e variados pratos e os preços. Mas vi um que me fez uma fome e uma saudade imensa de comer: "pica-no-chão", 42,50 euros.
E se tivesse levado um bom dinheiro, entrava e trazia uma dose de qualquer um dos pratos que não consegui ler. É que o restaurante serve almoços para fora, tem um aspecto tão caseiro e com uma gastronomia à moda do Minho que me leva, por um dia, a mandar os cuidados que tenho com a alimentação à merda.
E prometi a mim mesma que hei-de lá ir uma noite destas.
Adiante, que já sinto o pica-no-chão nas papilas gustativas. Não sei quantos quilómetros são de minha casa ao escadórios, mas presumo que serão 6 km, teria caminhado cerca de 12 km.
Com sabor a Minho, a continuar este outono com temperaturas de verão, tenho caminhada para toda a semana.
(um grupo de cavaleiros subia o Bom Jesus)
( a casa mais bonita )
(na subida)
(o elevador)
(o restaurante, imagem da internet)