quarta-feira, o único dia, em tempo de aulas, que os meus dois clientes, Diogo e Sofia (como eu chamo ao meus sobrinhos), do restaurante "a minha casa", se encontram à hora do almoço.
sem telemóvel na mesa, ou tablet, ou qualquer outro objecto que impeça o convívio entre nós, é uma horinha que me delícia.
ora se fala da comida, ora se fala das peripécias do Nuno ( o irmão do Diogo), ora se fala do pai ou da mãe do Diogo....uma mixódia de temáticas, uma especialidade do Diogo... fazer rir.
passamos à sobremesa, quando lhes apetece, e, de imediato, regressa a tecnologia à mesa, com isto a acompanhar:
Fui ver. Éramos apenas duas pessoas, o filme esteve para nem passar porque já era tarde demais...
Pudera! Um shopping com três caixas multibanco, sem dinheiro, com uma bilheteira sem pagamento multibanco, tive que vir à rua.
Fui ao banco em frente. Zero! "Fora de serviço".
Do outro lado da praça, finalmente, encontrei.
Regressei à bilheteira e diz a senhora: "já é tarde para passar o filme".
Perguntei: "somos só nós duas?".
"Sim. Vou perguntar se ainda é possível"
Comentei: "Se não passarem, não há problema, vou ao Braga Parque. Há vários horários".
Caraças, resultou! Vendeu-me os dois bilhetes.
O título levou-me a pensar que história seria sobre um casting de novos marretas (não li a sinopse, e ainda bem, teve mais graça).
Com um elenco de vários actores conhecidos, em lugares monumentais, uma banda sonora fantástica (apetecia dançar), como seria de esperar e não fossem eles os Marretas, foi divertido.
Mas o que mais me fez rir à gargalhada e porque em português tem outro sabor, foram estas expressões:
A minha amiga MJ convidou-me e à D, para passarmos a Páscoa na aldeia.
O domingo estava bom, metemo-nos à estrada.
E ainda bem que fomos.
Os amigos do casal já lá estavam.
Enquanto não chegava o compasso, fomos colher flores.
Sentei-me num muro a conversar com a sogra da MJ (gosto de ouvir estas pessoas, têm muito para contar).
Ouviam-se os sinos.
O simpático padre benzeu a casa, beijamos o Senhor.
Todos os elementos do compasso cumprimentam-nos, até que surge o penúltimo elemento da comitiva, o miúdo do sino, que não teria mais de 6 anos, com altura de 4, vestido com um fato, boina na cabeça, uma fita da comunhão pregada na manga do casaco.
Pedi-lhe para tocar o sino.
Senhor do seu nariz, não tocou, estendeu-me a mão, como um adulto, para eu o cumprimentar.
Percebi que não tocaria o sino, cedi, estendendo a minha mão, apertou-a e passou ao convidado que estava a meu lado.
Depois de cumprimentar todas as pessoas, encostou-se à parede..
A MJ ofereceu-lhe amêndoas, pegando no prato. O puto estendeu a mão para levar o prato.
Rimo-nos.
Pediram-lhe que tocasse o sino, mas o puto mantinha a sua postura de homem importante, vestido de fato...e calado.
A minha amiga, dona da casa, inclinou-se, agarrou-lhe a mão e tocou. E o puto não deu confiança a ninguém.
O compasso saiu.
Hora do lanche. Comi tudo o que não devo (também não abuso): rissóis, chouriço, queijo, tremoços, azeitonas, broa, um copo de vinho branco, não mais que um (se conduzir não beba), que bem me soube.
Cá fora a temperatura convidava à preguiça.
Ao longe, os altifalantes soltavam a melodia da habitual música pimba.
Gosto destes momentos de fim de semana no campo.
Como sempre, tiro fotos. Tenho de comprar uma máquina nova (esta já deu o que tinha a dar).