A Kat, a minha gata, gasta muitas energias a correr pela casa, é uma louca, sempre que vou à cozinha vai atrás de mim porque "pensa" que lhe vou dar comida.
Costumava deixar o prato com ração seca, embora tivesse o cuidado de não o encher, para comer durante todo o dia.
No verão passado, verifiquei que ela comia de uma só vez a ração que seria para todo o dia, o que me levava a reforçar a dose. E engordou.
Mudei de marca e reduzi a quantidade, mas não resultou.
Quando em dezembro fui à veterinária (sem a gata, porque esta porta-se muito mal quando tem de ir à consulta), perguntou-me se costumava dar-lhe alimento húmido.
Expliquei que sim experimentara vários sabores e ela não comeu(ela só come ração de frango). Deu-me uma amostra, recomendou que pelo menos duas vezes por semana convém dar-lhe este tipo de alimento..
A partir desta altura, voltei a comprar comida húmida, de frango, e vou alternando com comida seca. Também distibuo as horas da refeição e comecei a dar-lhe 3 refeições de 8 em 8 horas, mas doses mínimas.
Só que a gata come tudo de uma só vez. E, sempre que vou à cozinha, vem atrás de mim, pára, olha-me e roça-se nas minhas pernas e/ou no estendal da roupa e via para junto do prato (sem comida). Olho-a e digo, "Não!" E viro costas.
Ela vinga-se. Atira-se às minhas pernas, numa de me provocar, também. E eu rio-me e repito: "Não há comida!"
Antes da hora de jantar, fartei-me de ouvir a gata a brincar com o que me parecia ser ruído de papel.
Fui espreitá-la mas não dei fé de nada anormal.
Há pouco, voltei a ouvir ruído. Convicta que o som vinha do escritório, espreitei, mas ela não estava lá. Nada estava fora do sítio.
Fui à cozinha. Estava ela em cima de um saco de ração que comprei no final do verão, mas que ela não aprecia.
Tinha-o na prateleira para o gato da minha irmã.
Quando reparei na embalagem, ela tinha-o aberto com os dentes. Fiquei estupefacta porque, na verdade, ela nunca deu importância ao saco.
Arrumei-o no armário e fechei-o.
Uns minutos depois, ouço novamente o som de papel a arrastar no chão.
Voltei à cozinha.
Ora, na prateleira junto à embalagem da comida, costumo ter um saco de papel com as cápsulas nespresso para reciclagem.
Que fez ela? Puxou do saco, caíram as cápsulas ao chão e a asa do saco estava enfiada no pescoço, arrastando-o pela cozinha.
Lá fui dar-lhe um restinho de comida da latinha.
Está agora, aqui ao meu lado, no sofá, a dormir uma tranqulla soneca.