Acordei cedo, hoje. Precisava de compas de supermercado.
Há alguns dias atrás, comprei na H&M um vestido/túnica de manga comprida, para uma ocasião especial, cujo tecido finíssimo e transparente mais parecia uma camisa de noite. Como a marca, de quando em vez, faz umas promoções para convidar o cliente a comprar, a peça que custava 25,90,trouxe-a pelo preço de 10 euros.
E por que fui trocar a peça?
Porque não a vesti na loja. Hoje, decidida a experimentá-la para ver se tinha coragem de a vestir num evento qualquer, depois de olhar o espelho, achei que não. Só com leggings, que eu não gosto, ficaria bem.
Fui à loja, dei umas voltas, vi o que queria e o que não queria, mas como não estava disposta a comprar o que poderia ficar guardado no armário e não estamos em tempo de extravagências, optei por uma malha preta (embora não seja adepta desta cor, faz sempre jeito para combinar com qualquer outra cor). Só que a malha custava 19,90, isto é teria de pagar mais 9,90 euros.
E trouxe. As malhas que comprei na H&M são confortáveis e têm um corte/modelo que gosto.
Fui ao supermercado. Entrei e lá estavam eles, os jovens/senhores/senhoras do Banco Alimentar, que chamam contra (não gosto destes nome) a fome. Mais suave seria Banco Alimentar de Erradicação da Fome.
Comprei carne, polvo, frango, pão.
Ofereci arroz e massas.
Quando lá voltar, será leite (existem os vales nas caixas de supermercado que são uma ótima maneira de continuar a ajudar).
À saída, estava uma jovem junto a uma mesa com uns bonecos, ou outras coisas quaisquer, que não percebi. Aproximou-se e perguntou-me se queria colaborar com um donativo para...
Respondi que ajudo com donativos em vários locais. E saí.
Lamento. Prefiro dar de livre vontade, uma moeda ou nota, a impingirem-me, quase sempre com o valor acima dos 3 euros, objetos sem préstimo algum e que eu não gosto.
Amanhã, será na escola. Também conta com todos para ajudar famílias carenciadas.
Todos os anos damos aquilo que podemos.
Hoje por uns, amanhã por outros, sabe-se lá quem (eu).
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