976 - Balance between Body, Mind and Soul
Levantei-me cedo, fui para o Porto no combóio das 8:30 h, pois no site estava indicado "greve entre 28 e 31 de Março", e se não houvesse transporte a esta hora, quase de certeza que teria outro a seguir.
A consulta estava marcada pra as 12h. Era cedo, mas fui dar uma volta pelo centro comercial que fica perto da Avenida da Boavista.
A massagem estava marcada para as 14h, pelo que fui comer algo leve e regressei, não à clínica, mas ao hotel que fica junto à mesma.
Aproximadno-me da porta, vejo ao meu lado direito uma placa que indicava "Malo Spa" , para a direita.
Segui a direcção, mas o que encontrei? Uma entrada para o parque do hotel "Porto Palácio Congress Hotel & Spa ".
Voltei para trás e entrei toda desinibida pelo hotel "VIP" e dirigi-me ao porteiro.
Parece que ficou ligeiramente atraplhado por ver entrar uma mulher de jeans, botas de camurça, blusão de pele... Estarão habituados a que as clientes entrem de vestido de cerimónia num dia normal de trabalho?
Quando lhe disse "venho para a Malo Spa", rapidamente me respondeu: " não é aqui dentro do hotel". Venha por aqui".
E segui-o pela porta do porteiro, não pela principal e indicou-me o edifício que ficava para o lado do parque, mas em frente à "porta do cavalo".
Prontamente respondi: "desculpe, antes de entrar no hotel, vi a tabuleta, mas a direcção vai dar ao parque".
Comentou:"tem razão, mas o edifício é esse que está aí à sua frente."
Entrei.
Fui para o 2º andar.
Nada parecia a Malo Spa.
Sai do elevador um cavalheiro e, simpaticamente, perguntou-me se queria alguma coisa dali.
Eu disse o que procurava, mas que nada correspondia ao que tinha no meu registo.
De repente, olhei para o meu papel. O andar era o -2, não o 2º .
Ok. E o elevador nunca mais subia.
Quando cheguei à Malo Spa, com o Solinca do lado direito, fui muito bem recebida pela colaboradora.
Preenchi uma ficha.
Levou-me ao vestiário. Enqaunto caminhávamos e ela perguntava-me se tinha feito algum tipo de massagens, andávamos em círculo, subíamos umas escadas baixas mas largas, onde tinha do lado direito um carreiro de pedras de praia e corria uma água límpida que dava uma sensação de liberdade e calma, com o som de música suave ,característica destes espaços divinais.
Quando entrámos no vestiário, fiquei deliciada.
O meu cacifo era o nº 41.
Abri-o. Dentro tinha um roupão branco e uns chinelos. Na prateleira de cima, estavam duas tollhas brancas.Uma pequena caixa de correr , onde se colocam os nossos objectos de adorno, completava aquele pequeno espaço.
Em frente, na parede havia um grande espelho; um balcão com secadores de cabelo, um fraco com pentes, creme para as mãos.
No meio deste espaço, estava um grande banco castanho, estofado com um tecido branco.
As casas de banho, o lavatório e os polibans completavam este espaço muito acolhedor.
Despi-me, vesti o roupão, calçei os chinelos e esperei uns minutos que me chamassem.
Mais uma volta circular. Já estava confusa.
Pensei :"este espaço amplo e circular deve "acompanhar" o parque de estacionamento, que deduzi ficar nos andares -3-4 e -5.
Deitei-me de barrriga para baixo.
As mãos da jovem tocaram os meus pés. Senti que os levantou, colocou uma toalha(?) morna debaixo deles e fez uma curta massagem.
Passou para as costas...para os braços... para a cabeça...
Cada vez que tocava com força nas costas, na cervical, a parte do meu corpo onde sinto mais tensão, era um alívio sereno.
Ora com os punhos, ora com os dedos, ora com os braços, cada toque era surpreendente.
O primeiro braço, o esquerdo, levou um esticão suave. Depois, segui-se o direito.
E a massagem continuou.
O final, foi o regresso aos pés. Senti os punhos das mãos da massagista a pressionarem as plantas dos pés.
Depois, com o lençol e o cobertor que me cobriam as costas, fiquei a descansar um pouco.
Levantei-me. A massagista estava do lado de fora à minha espera.
Levou-me para a sala de descanso. Ui! Deitei-me confortavelmente na primeira cama que estava perto da entrada.
Uns minutos depois, foi-me servido um chá,saborosíssimo e perfumado, de maçã, e, dentro de uma tijela uma maçã verde completavam o tabuleiro.
Tomei-o calmamente. Estava quentinho. E, perdida nos relaxe dos meus pensamentos mais belos, deixei-me estar. O tempo que me apetecesse.
E apetecia-me ficar ali muito, muito tempo... Com os meus pensamentos, bons, postivos, calmos, românticos.
Saí. A menina indicou-me os vestiários.
Mas, confusa, ora subia, ora descia as escadas largas, e não o encontrava.
Até que dou com eles. Mas as figura era a dos vestiários para os hmens. Voltei para trás. Quase cheguei ao hall.
Voltei para trás. E vi. O sinal de mulher. O vestiário ficava na direcção do hall. E eu não o virá.
Saí do Malo Spa, mas desta vez decidi não esperar o elevador. Fui pelas escadas. Ao passar no andar -1, vejo uma sala com uns cadeirões brancos. Pareceu-me uma sala de espera. E, do meu lado esquerdo, um restaurante luxuosamente decorado pôs-me de boca aberta. Á direita, para continuar a minha subida, estava o bar. Parei. E pensei:"que luxo! tudo dentro debaixo de um edifício."
Cheguei ao 0. Saí do edifício. O cinzento do céu não me entristeceu.
A massagem tinha-me relaxado divinalmente.
E no combóio, apetecia-me encostar a cabeça e sonhar com o que acabara de viver.
Quem sabe não voltarei lá?
A próxima consulta será em Lisboa...