Sexta-feira dia de muito trabalho, um jantar de família em que a cozinheira foi a "je" e tendo como personagem principal a minha sobrinha que está a viver em Santiago do Chile e viera a Portugal por uma semana, regressando amanhã à cidade Chilena, e depois de uma noite muito mal dormida, levantei-me hoje, cedo, para o meu dia de loucuras, algures em Oliveira, Póvoa de Lanhoso e "mergulhar" na aventura.
Manhã fresca, com sol, encontrámo-nos junto à Escola Básica do 2º e 3º Ciclos, alguns dos oito colegas que se inscreveram neste Dia do Professor, na Diver Lanhoso.
Dirigimo-nos para o castelo da Póvoa de Lanhoso, onde já se encontravam muitos professores de outras escolas, os monitores e o satff da Diver.
Com algum atraso dos participantes, com a entrega das pulseiras e distribuição dos grupos, naquele rochedo do monte do Pilar, onde fica o castelo, realizar-se-iam duas actividades e uma visita ao interior do castelo.
Com outros colegas de outras escolas descemos a pequena estrada que dá acesso ao castelo até um pequeno espaço onde estava o staff com o material, cintas e capacetes, para a nossa 1ª actividade.
A expectativa e ansiedade eram enormes. Sentia-me cansada da noite mal dormida e não estava muito confiante que iria aguentar esta loucura, nem tampouco imaginava o que iria fazer naquele momento em que vestia a cinta e punha o capacete.
Via ferrata.
Explicaram-nos que os ferrata têm origem na Primeira Guerra Mundial e nasceu da necessidade de colocar plataformas de armas de controlo das fronteiras.
Quando nos dirigimos para o local da via ferrata, não queria acreditar no que via. Íamos subir a rocha. Ensinaram-nos a usar o material e os primeiros aventureiros começaram a subida. O "meu" grupo era o último e neste, eu era a segunda.
Enquanto tive os pés assentes em terra, senti-me confiante, mas quando comecei a ver o quão estreito era o terreno e a altura a que se encontravam alguns dos apoios dos pés, pensei que não iria conseguir.
No primeiro obstáculo tive a ajuda de um colega. Baixa que sou, as minhas pernas não conseguiam alcançar o apoio.
E a partir daqui, a coisa complicou-se, mas tive que me valer da minha confiança, segurança, e vontade em vencer desafio.
Não podia temer nem vacilar. Não olhava para trás. Ora subindo, ora caminhando, primeiro o pé esquerdo, depois o direito, mosquetão preso, uma mão nas cordas, outras nos apoios, alguns destes mais distanciados obrigavam-me a esforço, concentração e equilíbrio dobrados pois, uma falha minha, poderia levar a que batesse com o corpo na pedra e/ou caísse. Tínha de manter a distância de 3 metros em relação à pessoa que ia à minha frente e ao que vinha atrás de mim. Por isso, vacilar, nunca! E, por vezes, embora segura de mim, dizia para o meu colega: "nas que me meti! Agora L aguenta, não podes voltar atrás". E o meu companheiro do lado direito dizia: "voltar atrás não é possível".
E cheguei. Segura, tranquila, vencedora.
Todos chegámos bem ao cimo da rocha, sorridentes e conquistadores.
2ª etapa. Visita ao castelo.
Já conhecia o interior, mas nunca tinha entrado. Desfrutar de uma bela paisagem que se estendia à nossa frente, de todos os lados da torre, é de facto, belo.
3ªetapa. Rappel
Também neste monte, mas do lado oposto ao da via-ferrata.
Estava disposta a ir, mas desisti. Havia mais actividades emocionantes durante a tarde, no parque Diver Lanhoso e, como já estava a precisar de comer alguma coisa e tomar um café, eu e uma colega decicidimos descer o monte Pilar em direcção à vila da Póvoa de Lanhoso.
Esperaríamos pelos pelos nossos colegas, junto à escola.
Longa a espera.
Quando chegaram, fomos para o parque radical, onde almoçámos.
Após o almoço, um grupo foi para o paintball e os restantes grupos foram fazer a visita guiada ao parque.
Belo, limpo, muitas actividades e acima de tudo casas bonitas e muito arranjadas.
Algumas ocupadas. Carros de alta gama estacionados junto a elas, mostrava o quão de prazer, descanso e lazer, certas pessoas usufruem das coisas belas da vida.
(imagem da internet)
4ª etapa:
trapézio e slide.
O primeiro estava fora de questão. Não, nunca! Manter o equílibrio e ficar em suspensão enquanto as mãos conseguissem aguentar, não era para mim. Contudo, foram muitas as mulheres corajosas que se aventuraram.
O slide era mais apelativo e emocionante.
À excepção da minha colega, companheira do café da manhã, todos participaram nesta actividade.
E lá fui eu!
Descer a montanha suspensa num fio, sentir o vento, e, de repente, sentir o impulso da "travagem", é inexplicável!
Emocionante, sim!
"Aterrei" bem, mas o meu capacete soltou-se ao pousar os pés no solo. Sinal de que não estava bem apertado.
O hora estava já avançada. Não foi possível fazer uma das actividades que, embora não estivesse no programa, seria feita caso não houvesse atraso: as pontes.
Regressámos a casa, com um cheque-desconto de 10% para actividade+alojamento, com validade de um ano para ser usufruido quando o entendessemos.
Um Sábado pleno de risos, boa disposição, de emoções, sem receios...Apenas me doem as pernas da subida ao monte Pilar na via ferrata que diga-se, foi o que mais gostei.
( exceptuando a primeira imagem todas as outras são da internet)
P.S.: Não levei a minha máquina fotográfica. Esquecera-me dela, houve quem tirasse muitas fotos.