"Os pinguins só estão cá até Sábado»
Após ter lido o post em título aqui , espreitei novamente o blog e li a resposta que o Rui fez a um dos comentadores:
«Como já disse acima, a “mensagem” tocou-me e vai permanecer.
À medida que os anos vão passando, vamos tomando consciência do muito do passado que fomos adiando e não fizemos, ou que, simplesmente, ficou por dizer.
Quando nos damos conta, já não é mais possível, dizê-lo, ou fazê-lo.
Os “mas”, os “se’s”, os “não sei bem”, os “talvez”, os “ainda não”, têm que ser banidos.
Vamos ser mais directos, mais incisivos, mais determinados, mais conscientes da importância do “AGORA” !
Se utilizarmos sempre a “ferramenta” do “Agora”, se o amanhã também for o “Agora”, o futuro será sempre o “Agora”, que vai chegar um dia .
Nunca nos podemos esquecer que podemos ser felizes e transmitir felicidade ... "Agora" !... Porquê adiar ?»
Sistematicamente, neste cantinho, reflicto sobre o que muito poderia ter feito quando era mais jovem e no que ainda posso fazer.
Á medida que o tempo passa, vou fazendo aquilo que quero ver realizado, os meus desejos e sonhos, mesmo que quase impossíveis de realizar.O que me preocupa é ter a consciência de que o tempo voa, de que faço e ou idealizo projectos que penso realizar amanhã, na próxima semana, ou se puder daqui a algum tempo. Ou nunca.
Por vezes tenho a noção de que desperdiço as oportunidades. Não por receio de enfrentar o desafio. Apenas por que penso que as coisas acontecem, simplesmente. E o tempo continua a voar...
E o dizer. Ai, o dizer! Dizer o que sinto, o que quero, o que desejo. Dizer que gosto de ti, que quero um beijo teu, um abraço teu , um pouco da tua atenção,o teu carinho.
Pequenos gestos que marcam a diferença.
Palavras que eu não receio dizer quando gosto de alguém.
Sentimentos que não receio demonstrar quando tenho afecto por alguém.
A questão não está nos "se",nos "mas", nos "não sei bem",nos "talvez",nos "ainda não".
A questão está no "silenciar" das nossas palavras, dos nossos gestos, dos nossos sentimentos, quando no "agora", " um" alguém remete-se ao seu silêncio.
E porque os pinguins só estão cá até Sábado...
Obrigado, Rui.