Domingo de sol
Sábado, fui ver David Fonseca (depois escrevo sobre este fantástico cantor)
Deitei-me cerca da 2:30 h, adormeci bem e acordei à hora que já não me lembrava de acordar: 13:30h.
Nem queria acreditar! Dormira cerca de 11 horas!
Levantei-me, abri de imediato a persiana do quarto. O sol iluminava este dia de Domingo.
«Praia. Vou à praia!».
Comi uma fruta, o meu habitual iogurte com flocos de cereais, arranjei-me e fui, auto-estrada adentro, até Esposende.
Fui comer a minha tosta de fiambre e o panachê. O sol estava quente. Tirei o casaco e deixei-me estar a receber aquela energia e calor que tão bem me faz à mente.
Depois dirigi-me à praia. Algumas pessoas caminhavam junto ao mar.
Desci em direcção à água. Deixei-me levar pelos passos e caminhei até ao farol.
Contrariamente ao habitual, em vez de regressar ao carro pela estrada,voltei para trás e caminhei mais uns bons metros em direcção a Cepães.
A praia estava cheia de lixo que o mar trouxera nestes dias de chuva.
As rochas negras aumentam com a subida do mar.
Saudade da praia extensa onde passava horas a desfrutar do areal, da brincadeira das crianças, das dunas que nos protegiam do malandro vento Norte, do mar revolto e/ou calmo.
Pena a praia estar muito estragada.
Mas o cheiro do mar depressa faz esquecer as asneiras que o homem faz.
Voltei para trás. De repente, sento-me numa rocha. Tiro os sapatos e as meias, arregaço os jeans e deixo-me invadir pela água. Agradável sensação.
Talvez porque ela gostasse de sentir os meus pés magros que fugiam da sua momentânea rebeldia, ou por que gostasse do meu gesto, atrevidamente molhou-me as calças. E eu deixei-me levar por este carinho.E cantei, falei baixinho, pedi desejos...
Subi em direcção ao paredão. As famílias passeavam os filhos e os animais de estimação, os namorados sentados trocavam beijos neste dia que convidava às carícias frente ao mar tendo como coadjuvante, o sol.
Sentei-me e, com a écharpe que levara, limpei os pés cobertos de areia. Calcei as meias e os sapatos. As calças estava muito molhadas.
Segui o caminho em direcção à estrada.
A meio do caminho virei-me e despedi-me do mar.