13:05h
Escuto a campainha da porta do prédio.
Pelo intercomunicador pergunto "sim?" ( meu jeito de perguntar quem é).
Percebi que era o carteiro, abri a porta.
Fui para a cozinha, estava a fazer o almoço.
Dois minutos depois, a campainha da porta cá de cima, que tem um toque diferente, levou-me a pensar que o carteiro teria alguma coisa para entregar em mãos. E abri a porta.
Surge-me um homem com cerca de 30 anos. Trazia uma identificação presa ao bolso do casaco que vestia, mas não consegui ler o nome.
Estende-me a mão para cumprimentar.
Não estendi a minha, não as tinha lavado ( estava a fazer panados que a Sofia adora).
- Desculpe, não posso atendê-lo, são horas do almoço.
Resposta de um modo parvo:
- Porquê?
- Porque é hora do almoço, as pessoas estão a chegar, não posso falar consigo.
- Não pode, porquê? - repete.
- Já lhe disse que são horas do almoço, não posso.
E com ar arrogante, respondeu-me: " Extradordinário".
E foi embora.
Será que o meu karma é "atrair" jovens mal educados?