promessa cumprida
Prometera a mim mesma que iria ver a Alice, hoje.
Fui comprar uma caixa de chocolates para lhe oferecer.
Quando a vi, estava acompanhada da Joana, a prima grávida.
A Alice sorriu quando me viu. Reconheceu-me, mas não conseguia dizer o meu nome.
Dei-lhe um abraço.
Sentamo-nos no banco do jardim.
Conversámos muito, mas ela não acabava as palavras.
Trazia um blusão com uma gola de pelo que o grande amigo Fernando, a pessoa que mais a visita, lhe ofereceu.
À medida que eu falava das nossas amigas, dos jantares que fazíamos, as palavras dela saíam com alguma fluidez.
Perguntei se a amiga Cândida a visitara.
Sim, e de vez em quando vai buscá-la para almoçar.
Falei na Cândida, o nome não mais lhe saiu da boca.
Ria-se de tudo e de nada.
Às tantas, ao longe, vejo alguém que procurava alguém.
Ninguém se reconheceu.
Esse alguém volta a aparecer no meu campo visual. Aproxima-se.
Era outra amiga nossa.
Rimo-nos da situação.
Conversámos, rimos, recordamos.
O telemóvel desta amiga toca, é outra que vem ter connosco.
Mais um abraço.
Arrefecera, fomos ao bar.
Às 17 h o bar fechou, era a hora de Alice regressar "à sua casa".
Foi a útima a entrar na sala. Despedimo-nos dela.
Veio à janela espreitar. Sorria.
Atiramos-lhe beijos.
Vai passar o ano com a família.