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cantinho da casa

cantinho da casa

eu sei que sou chata

mas cada dia que passa fico  apreensiva com os números  da pandemia a subirem mais e mais, saio à rua para as minhas compras e ir buscar o sobrinho neto ao colégio.

E não me canso de ouvir e ler este jovem médico, que tem dado muito que falar nas redes sociais e média.

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E esta jovem, médica de família, nortenha, que publica pequenos artigos/ dicas e podcasts muito interessantes, no seu instagram, como este sobre a COVID19 e o SNS.

Hoje, mais infectados, mais óbitos( certamente idosos).

Dói-me alma.

 

 

pensava eu que passava despercebida

Estive quinze dias ausente do ginásio, porque não foi mesmo possível ir às minhas aulas.

Regressei ontem, diz-me o funcionário da recepção:
-Há algum tempo que não a vejo. Está tudo bem consigo?

No bar, cruzo-me com outro, faz-me a mesma pergunta.

Hoje, fui fazer duas aulas, estava uma funcionária, muito simpática, faz o mesmo reparo e pergunta.

E eu que pensava que passava despercebida.

É bom saber que as pessoas se preocupam connosco.

 

 

 

noite agitada

Cansada e com.sono, deitei-me por volta da meia- noite.

Adormeci.

Acordei com sede.

Tentei adormecer.

Às voltas na cama, decidi levantar-me e matar a sede que tinha.

Quando liguei a luz do candeeiro da mesa de cabeceira fiquei surpresa.

4 h?!  

Voltei para a cama com a certeza que já não iria adormecer.

Deixara o telemóvel na sala, levei-o para o quarto.

São agora 6h50,  já andei por Lisboa, Fátima, a ver hotéis para  as minhas  idas (duas) a Lisboa.

Segui para os blogs, pus algumas leituras e comentários em dia.

Esta minha cabeça não pára de trabalhar quando  eu mais preciso de descansar.

 

 

coisas do meu dia # angústia 2

ILogo de manhã, as obras no apartamento do lado voltaram, a broca ou perfuradora,sei lá, fez-me sair da cama, não por que não aguentasse, mas por que seria certo que os berros do vizinho do 1° andar regressariam, não estava com paciência para o ouvir, estava muito nervosa, tinha cólicas, precisava de sair de casa.

E na hora que  saí, os berros eram demais, gritos, insultos...mas os homens não o ouviam.

Fui levar a mãe gata das minhas sobrinhas à veterinária, tinha uma ferida no pescoço, precisavamos saber se seria algo que necessitasse de tratamento.

Felizmente, parece não ser nada demais, fui deixá-la em casa.

Hora do almoço, hora de os homens voltarem ao trabalho.  Voltei a casa. Um aperto no coração, a preocupação, os nervos,  fizeram-me sair  e almoçar numa qualquer esplanada, desanuviar esta dor.

Peguei num livro para ocupar um pouco da tarde sentada num banco de jardim até à hora de os trabalhadores pararem a jornada, eu voltar a casa e descansar a cabeça e o coração desta tormenta que é a esquizofrenia do gajo do 1°.

 

 

 

um aperto no coração

A Sofia, a minha sobrinha/ filha, foi com a mãe para o Rio de Janeiro, por quinze dias.

Os gatos, Mickey e Distruction estão em casa, sozinhos.

Sou a responsável, durante o dia, por estes dois lindos felinos que se dão bem e mal.

O meu sobrinho vem aos fins de semana para cuidar deles.

À noite estará o JP.

Ontem, estava preocupada porque o meu sobrinho ficara de trazer uma das chaves de casa. Ao final do dia ele não me contactara, deduzi que se esquecera, fora embora para o Porto. Os animais estavam sozinhos, sentia uma angustia só de pensar nisso.

Telefonei ao JP, que ia dormir lá a casa, a combinar a hora de eu ir buscar a chave. 

O  meu sobrinho ligou-me à hora de jantar. Ainda estava cá, viria trazê-la.

Decidi ir hoje, mas não podia sair de casa, não fui ao ginásio, enquanto não chegasse esta encomenda. 

Acabou de chegar.

Prometera a mim mesma que  iria vê-los duas vezes ao dia: de manhã, depois do ginásio, e à tarde. 

Não fico tranquila enquanto não os vejo. Dá-me um aperto no coração saber que eles estão sem os seus donos.

 

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(Mickey)

 

de repente,

fiquei triste.

A Sofia ligou-me no final da tarde a pedir-me que a fosse buscar ao ginásio ( foi a pé e sozinha; são cerca de 4 km) por volta das 20:15h, pois a mãe ficava a trabalhar até tarde.

Estava eu mais tranquila, por vezes ela ligava-me a dizer que já estava em casa, mas nunca antes das 20:30h, mãe e filha jantavam juntas e "a horas decentes".

Quando fui buscar a Sofia, ela pediu-me que a levasse ao Pingo Doce para comprar alguma coisa para o jantar.

Não tinha dinheiro comigo, vim a casa, preparei um saco com um bife congelado, queijo de "a vaca que ri" que ela adora, pão e bolo de laranja.

Desci, dei-lhe o saco, passamos no Pingo Doce, dei-lhe o porta-moedas para ela comprar o que quisesse.

Ela não queria mais nada, pois já tinha um saco com o suficiente para o jantar, mas eu insisti que fosse.

Desliguei o carro, mas com os piscas ligados...

Ela chegou, entrou e quando ligo a ignição, zero!,  o carro não pegava. Achei estranho. Tem gasolina, a bateria dava sinal, tudo a funcionar e a ignição nada?

Como a avenida tem uma ligeira descida, mas estando um carro à minha frente parado eu não podia engatar o meu para tentar que ele pegasse.

Esperei que o dono do carro viesse. Demorava. Às tantas, vejo uma senhora aproximar-se, mete as compras no carro e arranca.

Quando o sinal verde abriu, engatei a 2ª velocidade e virei à direita, andei uns metros e o carro pegou.

Evitando subidas, voltei para trás e desci a avenida, o carro continuou sem problemas.

Deixei a Sofia em casa, regressei a minha casa evitando o túnel, seguindo por ruas onde pudesse parar se acontecesse alguma coisa. 

O carro esteve na garagem 5 dias. Claro que só podia ser a bateriaAmanhã, tenho ginásio, espero não ficar mal.

Mas a minha tristeza não tem a ver com o carro. Tem a ver, sim, com ela, a minha irmã, que trabalha de manhã à noite, viaja cerca de 100 km por dia, chega a casa cansada, a Sofia já está a dormir, para no dia seguinte levantar-se cedo e regressar ao trabalho. Isto não é vida.

O filho passou muitos dias sozinho até ir estudar para o Porto, a Sofia ficava comigo, muitas foram as vezes que me zanguei com ela por vir muito tarde do trabalho.

A Sofia sabe cuidar de si, é uma aluna aplicada, responsável, compreende que há dias que a mãe tem de trabalhar até mais tarde... mas eu não compreendo.Há horas para a família, há horas para descansar, há limite para o cansaço.

E fiquei triste porque enviei uma mensagem, que não devia ter enviado, que sei que a vai preocupar.

Merda de vida!

Quando a preocupação

não nos deixa dormir,  vem-se procurar a morada destes senhores, que é mesmo em frente à minha casa, mas noutra rua, para às 9 horas estar à porta dos CTT, mesmo ao lado, também, deixar a carta com a justificação pormenorizada, disto e disto, e não perder tempo (???), como ontem de manhã, antes de a AT abrir, numa longa fila de espera era eu a 37ª  pessoa para o IUC.  40 minutos de espera o visor ainda marcava o nº3. Não podia faltar ao trabalho (ontem entrava às 10h), desisti.

Espero que esta carta, DEFINITIVAMENTE,  resolva o assunto e não tenha eu de pagar o IUC de um senhor que faleceu há 4 anos.

O meu dia vai ser longo.

Um ótimo dia para vós.