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cantinho da casa

cantinho da casa

Senhores da Golden Energy

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Façam-me o favor de contratarem pessoas, quer sejam jovens, ou menos jovens, com modos e perfil para lidarem com os clientes e de modo a que, quando tocarem à campainha de uma residência, se identifiquem como sendo funcionários da vossa empresa, e não da EDP que vêm para ver o contador da luz e gás. 

Depois, que tratem o dono da casa como uma pessoa de respeito e não como se fosse um qualquer da sua laia, tá?  

E antes de os enviarem para a rua angariar clientes, dêem-lhes formação sobretudo de regras de tratamento de pessoas, certo?

E não enviem os seus colaboradores para pedirem faturas com a treta que está a pagar a mais x de eletricidade, y de gás e z de contador deste, tá?

Passo a explicar.

14:30h tocam à campainha. Pelo intercomunicador faço a pergunta habitual:

- Sim?

- Boa tarde, somos da EDP, queremos ver o contador da luz e gás.

Abri a porta. Aparecem-me dois rapazes com idades entre os 23 e 30. Vestiam coletes em tom cinzento.

Tiro o quadro que esconde o contador da luz quando passa cá o funcionário da EDP.

- Tenha calma, não é já que vamos ao contador - respondeu o mais novo, mostrando uma simpatia invulgar.

- A senhora tem gás natural?

- Sim - respondi.

- Podemos ver uma fatura?

- Sim, mas as faturas são eletrónicas, tenho-as numa pasta no computador.

O pc estava ligado, abri a pasta, procurei uma fatura recente.

Enquanto o colega foi ao andar de cima, este, com o maior à vontade,senta-se na cadeira ( eu, parva, esperei para ver e ouvir) e de repente vê a fatura em meu nome e pergunta:

- Você vive sozinha?

- Como? O que é que isso lhe interessa ?, - perguntei

- Ah, não fique chateada, só perguntei. Olhe, você não tem desconto na luz, tem no gás, está a pagar aluguer de contador do gás...

- Desculpe, mas vocês são da EDP?

Desta vez não sei o que me respondeu mas foi de forma abusiva, porque eu reagi tratando-o por senhor:

- O senhor veja como fala para mim. Está em minha casa, e além disso eu tenho idade para ser sua mãe.

Ficou um pouco atrapalhado e respondeu:

- É a minha maneira de falar com as pessoas.

- É sua maneira, mas é falta de educação falar assim para as pessoas - já estava a passar-me, não pensava em mais nada senão neste à vontade e abuso de confiança.

Entretanto, o colega desce, a porta estava aberta e pergunta:

- Posso?

- Podes - respondeu ele imediatamente, e sem que eu tivesse tempo para dizer nada.

Eu já estava a prever o que vinha a seguir,  já fervia, até que reparei que o colete tinha umas letras, vejo um G que me pareceu Galp.

- Afinal vocês são da Galp?! O que é que querem? 

- Ó mulher- responde - nós não somos da Galp.

Alterada que fiquei com o "ó mulher", com o dedo apontei para porta e digo:

- Ponham-se imediatamente daqui para fora! Não admito que me tratem desta forma dentro da minha casa.

Resposta dele:

- Tantas casas que vamos, falo desta maneira porque é o meu jeito de falar, nunca ninguém reclamou, vem você reclamar agora.

- Fora da porta, já disse. Se os outros admitem, eu não admito. Não o conheço de lado nenhum nem andamos juntos na escola para falar comigo dessa maneira, entendido? 

Saíram. Quando fechava a porta, abro-a num ápice, e antes que desaparecessem, perguntei:

- Digam-me, qual é a vossa empresa?

Responde alto e com ar desafiador e descarado:

- Somos da Golden Energy, a melhor empresa do mundo.

- Pois pode ter a certeza que vou enviar um e-mail a participar o vosso comportamento.

- Mande. Quero lá saber!

Fechei a porta, fiquei incomodada e alterada.

Esta coisa do tratamento por tu, só gera conflitos. 

Tinha duas aulas de Pilates, valeram-me estas para tentar esquecer o assunto.

 

 

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