Barcelona - dia 2
No final da tarde do dia anterior, as nuvens ameaçavam chuva. E eu dizia que Barcelona é cidade de chuveiros que passam de imediato e dá lugar ao sol quente.
Sábado de madrugada, as meninas dormiam, eu acordei com a forte chuva que caía.
Projectaramos visitar a Fonte Mágica de Montjuic no final da tarde, para vermos o espectáculo de luz e som, o tempo não estava a ajudar.
Mas os chuveiros passavam e arriscamos sair sem o único guarda-chuva que uma delas levara (uma por todas, todas por uma). Mal saímos do apartamento, mais uma carga de água desta vez por cerca de meia hora, metemo-nos num café a saborear um queque de chocolate e um café (ai que o nosso café é, sem dúvida, excelente).
A chuva dava lugar ao sol, pouco sorridente, aproveitavamos para tirar fotografias. Descemos as Ramblas na direção do porto de Barcelona para espreitarmos o centro comercial onde tem uma perfumaria com produtos de cosmética que não temos cá, e com boas promoções todo o ano.
(junto à Estátua de Colom)
Encontrei o creme de rosto que queria, que nunca usei mas ouvi falar muito bem dele, e o perfume Noa, pequeno, ambos os produtos em promoção ( o perfume custava 49 euros, comprei por 19 euros).
(almoço no SubWay)
Almoçámos, tendo por companhia dois jovens Coreanos que se entretinham a manusear os seus telemóveis, fizemos mais umas compras de T-shirts para os filhos de uma das minhas amigas, saímos em direção ao Bairro Gótico.
(jovens Coreanos)
(vista do Porto Velho)
(Plaça Reial)
(Câmara de Barcelona)
Chegamos à Catedral, e as nuvens negras ameaçavam uma forte carga de água.
Na entrada principal da Catedral viam-se uma pequena orquestra e um alguns grupos de pessoas, na sua maioria casais maduros, que formavam círculos e no meio destes, no chão, os sacos das compras.
(a dança no rossio da Catedral)
De repente, eles e elas, de mãos dadas, levantam os braços e começam a dançar. Pé esquerdo à frente, vem atrás, pé direito à frente, volta atrás... Uma dança muito engraçada que não foi executada na sua totalidade porque a chuva fez o favor de estragar o espectáculo. Era vê-los fugirem para junto das lojas e abrigarem-se, como nós também fizemos. Ora entravamos numa loja, ora saíamos, até que a chuva passasse, o que demorou mais de meia hora. Aproveitamos para mais umas compras (elas, porque eu não comprei mais nada nesse dia).
Estavamos perto do apartamento, era hora fazer o percurso até à Praça de Espanha para vermos o espectáculo na Fonte Mágica, que acontecia entre as 19h e as 21h.
Mas a chuva não desistia, o caminho era extenso. Desistimos na esperança de no domingo haver espectáculo. E depois de perguntarmos a várias pessoas, inclusive no Teatre Del Liceu, onde iria actuar nessa noite James Taylor, ninguém sabia dar-nos a informação (soubemos no dia seguinte que no inverno só há espectáculos à 6ª feira e ao sábado).
Fomos jantar paella ( boa, mas com algum sal a mais) num simpático restaurante nas Ramblas. Conhecemos um casal francês que jantava na mesa ao lado. Ele ofereceu-se para tirar uma fotografia às três, e a conversa pegou.
(o "trio" no restaurante)
As noites estavam muito frias, não tinhamos vontade de passear, regressamos ao apartamento.O meu quarto era o que apanhava melhor a net, sentavamo-nos na cama e com os telemóveis na mão, conversavamos e combinavamos os planos para o dia seguinte. Adormeci cedo.
(o quarto do WiFi)
Este sossegado dia terminou quando, por volta das 3h, talvez, acordamos com o estrondoso som de vidro que se partiu e uma voz de homem bêbedo sobressaía de uma outra voz que, pensamos, tentava controlar a primeira.
Meu coração batia forte, do susto.
E as vozes não se calavam. Esta cena durou cerca de 20 minutos, até que o sossego voltou.
É o senão de se alugar um apartamento. Há sempre alguém que não respeita o descanso dos outros.
(continua)