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cantinho da casa

cantinho da casa

1º dia na capital

Entre Maio de 2007 e Abril de 2008, as minhas visitas à capital foram em grande número. Por vezes tinha de ficar a pernoitar num hotel para manhã cedo seguir para a clínica., posso dizer que conheço bem Lisboa e agradeço também a este grande amigo as vezes que me levou aqui e acolá,  especialmente para tomar café e comer os deliciosos pastéis de Belém.

Quando tudo estava nos conformes, as minhas viagens a Lisboa limitavam-se  a duas vezes por ano (a cada seis meses) até à altura que abriu no Porto e comecei a ir uma vez à invicta outra à capital.

Tivera consulta em outubro passado, aquando do almoço de bloggers, em Lisboa, desta vez voltei porque tinha um pequeno problema num dente e fazia questão que fosse o meu médico a tratá-lo.

E foi então que me lembrei de convidar a minha amiga  Isabel, que não conhecia Lisboa, a vir comigo. Super feliz com o convite, lá fomos até ao Porto para seguirmos viagem no Alfa das 11:45h. Uma viagem sossegada, chegamos às 14:30h à Gare do Oriente onde nos esperava o amigo dela. 

Levou-nos ao apartamento, lá para os lados do Campo Mártires da Pátria. Recebeu-nos a irmã da dona do apartamento (esta encontrava-se no estrangeiro), que nos mostrou o pequeno mas confortável cantinho, acomodamos as malas e saímos para tomar café na praça Martim Moniz, Cheia de pessoas de todas as idades, uns tomavam café, outros uma bebida, havia música, estrangeiros, muita animação.

Domingo com muitos turistas, sem lugar de estacionamento, os tuk  subiam e desciam as ruas com a maior facilidade. Depois de andarmos no meio do trânsito, conseguimos um lugar para estacionar, subimos a calçada até ao Castelo de São Jorge. 

A minha amiga ficou fascinada com a vista. 

 Tiravamos as fotografias da praxe e as da paisagem, mais a meu gosto.

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Voltamos ao carro, seguimos em direção ao Príncipe Real para bebermos um copo antes de jantar no Lost In, que, para desilusão do nosso amigo, estava fechado.

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Descemos em direção aos restaurantes do Bairro Alto,  entramos naquele que mais atraiu o nosso amigo, e nós seguimo-lo.

Comida tradicional portuguesa, comemos pataniscas de bacalhau com arroz de feijão. O fado é imprescindível, cantado, à vez, pela família, e até pela cozinheira, um ambiente alegre e descontraído, com portugueses, alemães e franceses. 

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 No dia seguinte seria Sintra e...

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que me encheram os olhos, vou ver se me vão encher as medidas.

Quando entrei na perfumaria, a intenção era a compra da máscara.

Depois, quis ver um lápis de olhos.

Com as promoções que estão a fazer, a vendedora ainda queria que trouxesse produtos de corpo, com mais descontos, mas fiquei-me por um tónico.

No total tive 24,77 euros de desconto.

Foram oferecidos amostras (como eu gosto de amostras): um desmaquilhante de olhos, um creme anti-rugas. Dos produtos de corpo que me aconselharam experimentar, ofereceram um creme reafirmante e um outro que não sei o que é porque não consigo perceber o que ela escreveu...

E tudo por causa desta blogger.

 

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e as amostras:

 

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os chicos-espertos

 

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que deixam os carros estacionados em frente ao portão que dá acesso às garagens do prédio, na hora em que as crianças da escola estão prestes a sair. Até aqui, tudo bem, "só" temos o trabalho de descer a rua, até ao portão de saída da escola e perguntar de quem é o carro x que está estacionado em frente à garagem y.

Mas hoje foi pior.

Saio de casa para ir buscar a Sofia, vejo dois carros estacionados, com os quatro piscas ligados, que impediam que eu saísse. Abri o portão e reparei que dentro de um deles estava uma pessoa.

Fui buscar o carro e esperando eu que quem estava dentro, que certamente ficou lá para tirar o carro caso fosse preciso, ia tirar o carro, deixou-se estar.

Carro a trabalhar, caminho impedido, deixei-me também ficar e ver o que ia acontecer.

Finalmente sai de dentro uma senhora que fala para mim, de longe. O motor do meu carro não permitia que eu a ouvisse, mas esperei que ela se aproximasse. Eu deixei-me estar dentro do carro. Afinal eu não tinha de fazer nada.

Decidiu aproximar-se, diz qualquer coisa que não percebi, aproximou-se mais um pouco e com o maior descaramento diz ela:

- O carro estorva?"

-Como?!, interroguei, indignada - A senhora não vê que não posso sair? Tem de tirar o seu carro para eu passar.

- Ah! O meu marido vem já e não me deixou a chave, não posso tirar o carro. O outro carro deve ser de algum senhor que foi à escola buscar o filho - comentou.

Volta para o carro, pega no telemóvel. 

Enquanto isto, eu esperava. Ela,ora olhava para um lado da rua, ora para o outro, à espera de ver de onde ele vinha.

Peguei no telemóvel e avisei a Sofia que ia demorar uns minutos.

De repente, aproxima-se uma criança e um senhor. Este vê-me dentro do carro, não faz nada.

O marido da senhora chega, também.

Todos entram nos seus carros e nenhum deles fez um único gesto ou veio pedir de desculpa pelo incómodo.
A espera levou-me mais de dez minutos.

Se fosse a vizinha do lado, não dizia nada. Buzinava e fazia estardalhaço, ou chamava a polícia.

 

começo pelo fim

 

O último dia na capital foi para a consulta que tinha de manhã às 10h. O regresso seria no Alfa das 19h, de tarde faríamos o que nos apetecesse, mas sem as malas atrás de nós.

Deixámos o apartamento às 9 h, dicidimos ir para a clínica de táxi uma vez que  se fossemos de metro, a estação mais perto da clínica fica a cerca de 700m, não dava para andarmos com as malas atrás de nós. 

A dona do APA informara-nos que tinhamos paragem de táxis junto ao Hospital dos Capuchos, mas decidiu acompanhar-nos até lá.

O taxista sai do carro, põe as malas na bagageira, eu digo que quero ir para a Avenida dos Combatentes, entramos no carro e diz ela para o taxista:

- O melhor será o senhor ir por aqui, vira ali, desce a rua tal, sobe x, é o trajecto mais curto para chegarem a horas e evitarem o trânsito. Conheço muito bem Lisboa, sei o que estou a dizer.

O taxista levou a mal.

Estavamos nós dentro do táxi, educadamente mas muito ofendido, ele dá-lhe, mais ou menos, esta resposta:

- Com que intenção está a senhora a dizer isso? Acha que vou enganar as senhoras? Sei muito bem por onde ir. Conheço bem as ruas, vem agora a senhora dizer como fazer! O taxista sou eu.

E blá,blá, blá. 

Dento do carro, não dizíamos nada.

Lembrei-me da Uber. Quase me apeteceu sair do táxi mas como não conheço o trabalho e se anda por estas zonas, deixei-me estar calada. 

Acabaram a discussão, ele entra, e digo eu:

- A senhora disse o trajecto para a ajudar, não foi com intenção de o ofender.

- Ah, mas quem julga ela que é? Ando nisto há muito tempo, julga ela que sou Alentejano? Se eu não soubesse por onde ando, usava o GPS. 

E resmungava,  mas sempre educadamente. Nós  tentamos serenar a coisa mudando o rumo da conversa. Soubemos que é um Beirão reformado (mas continua a trabalhar), que qualquer dia vai para a terra, e tal.

Eu olhava os números no taxímetro.Chegamos à clínica, pagamos 7,68. 

Mas gostaria de ter tido experiência do serviço Uber. Gostaria de comparar, já que os comentários à notícia chovem ora a favor, ora contra a manifestação.

 

 

 

 

Em Torno era a Primavera,

No Dia Mundial do livro, um autor português, uma pequena passagem de uma história apaixonante...

 

 

 

o sonho de um poeta. O Gato Malhado teve vontade de dizer algo semelhante à Andoroinha Sinhá. Sentou-se no chão, alisou os bigodes, apenas perguntou:

– Tu não fugiste com os outros?

– Eu? Fugir? Não tenho medo de ti, os outros são todos uns covardes... Tu não me podes alcançar, não tens asas para voar, és gatarrão ainda mais tolo do que feio. E olha lá que és feio...

– Feio, eu?

O Gato Malhado rui, riso espantoso de quem havia desacostumado de rir, e desta vez até as árvores mais corajosas, como o Pau-Brasil – um gigante  estremeceram...

 

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