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cantinho da casa

cantinho da casa

Quando a leitura absorbe a atenção

Sempre que viajo de combóio, costumo levar um excelente companheiro de viagem (por vezes pesa qb na  carteira): um livro.

Hoje tinha uma consulta às 14 horas, no Porto. Costumo ir no combóio das 10:40 h, saio em Campanhã e vou de metro até à Casa da Música.

Perto desta localiza-se o Mercado Bom Sucesso. Dou uma volta pelo centro comercial, como uma refeição ligeira e caminho cerca de 800m até à clínica.

Ora viajava eu no combóio absorvida na leitura do meu livro e em cada paragem, uma voz feminina e gravada alerta os passageiros da estação que o combóio vai parar, ao mesmo tempo que se vê no painel as  vermelhas letras que indicam essa paragem. E é hábito meu ver quem entra e quem sai, por vezes falando comigo própria qual o destino, a tarefa, a vida de cada um deles..

Mas hoje, absorta na leitura do meu livro, foram poucas as paragens que levantei os olhos...

Entretanto, estava eu numa das cenas da estória que prendia a minha atenção, quando, por instinto, levanto a cabeça e eis que vejo passar o combóio  Alfa no sentido de Gaia.E vejo o rio Douro. Olho o painel e leio: "Próxima paragem, São Bento".

A voz gravada anunciou a paragem,o combóio parou em Campanhã, os passageiros saíram, e eu não dei fé de nada.

Ri-me e perguntei para os meus botões: "E agora?"

Saí do combóio, fui ver a que horas partia o próximo até Campanhã e voltar a esta estação, mas lembrei-me que há o metro à saída da estação. Fui ver o mapa.

Carreguei o bilhete,  meti-me no metro, mudei na Trindade, cheguei ao meu destino.

E cheguei à conclusão que fica mais perto.

 A minha sorte é que São Bento é uma estação terminal... E se não fosse?

Quando a leitura absorbe a nossa atenção, perdemo-nos no seu tempo.

À cautela, nunca viajo em horários demasiado apertados da hora dos meus compromissos.

 

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